Centro Cultural e Social de Lages

Benvindo ao Centro Cultural e Social de Lages

3 - Gaivota.mp3

 

Origens...

Desconhece-se a origem do topónimo. No entanto não lhe será certamente alheio o facto de proliferarem na aldeia diversos maciços graníticos, que a população designa por lajes e que são utilizados como eiras para a secagem do milho, do centeio e do feijão.

Numa dessas lajes, a conhecida "Laje Grande", de utilização colectiva, encontram-se diversos espigueiros (cerca de uma dúzia), que a população designa de canastros, para guarda daqueles cereais e legumes.

Nalguns afloramentos graníticos encontram-se diversas sepulturas antropomórficas, supostamente datadas da época medieval. No designado "Curral", na zona da "Alagoa" é possível observar à superfície cinco exemplares, muito embora se presuma a existência de um número maior, posivelmente soterradas.

Lajes é a maior aldeia da freguesia, tanto em superfície como em população. Até ao início da década de sessenta, no século passado, a aldeia encontrava-se isolada e parada no tempo.A sua população vivia exclusivamente de uma agricultura de subsistência e alguma pecuária. A partir dessa época foi rasgada uma estrada que a ligou À EN 229 na vizinha localidade de Meã e posteriormente a Silvã de Cima. Chegou a electricidade e mais tarde a água canalizada. Foi também a partir do final dessa década, que uma boa parte da sua população activa emigrou para diversos países da Europa, nomeadamente para França. Com as economias dos emigrantes começaram a surgir novas construções e rapidamente a aldeia cresceu e se modernizou.

Apesar do decréscimo da natalidade que se verifica em muitas aldeias portuguesas, levando-as à desertificação, tal não se verifica nas Lajes, mantendo-se em pleno funcionamento* a sua escola primária (inaugurada em 1954) e o jardim infantil. A população atinge o seu máximo no Verão, nomeadamente no mês de Agosto, com a presença dos emigrantes e seus familiares.

É em Agosto, normalmente no último fim de semana, que Lajes celebra a festa da sua padroeira - Santa Eufémia -, durando os festejos 3 dias, atingindo o seu auge no Domingo, dia em que ocorre a procissão da figura da Santa pela aldeia. No primeiro dia da festa é realizado o tradicional jogo de futebol entre os casados e solteiros no "Estádio" do Pícaro, sendo este jogo fonte de grande rivalidade entre as ambas partes, apesar de tudo terminar em bem com o habitual convívio que a Comissão de Festas oferece à população, onde não faltam a sardinha, a broa, o caldo verde e a boa pinga da região.

E, por falar em Pícaro, refira-se que o topónimo se refere a uma das fontes que durante muitos anos abasteceram, ou melhor, de que a população se abastecia de água.

Esta nascente de água, na margem esquerda do rio Sátão, era utilizada, dada a sua proximidade, pela população das Lajes de Baixo. Dado que o rio não dispunha de ponte para a sua travessia, utilizando-se para vencer o seu caudal as conhecidas poldras, a sua utilização estava vedada nos períodos de Inverno.              

(cont.)

----------->>>--------------->>>--------------->>>--------------->>>--------------

 "Tu vês coisas e perguntas: porquê?

Eu sonho coisas que nunca aconteceram e pergunto: porque não?"

 

(cont.)


A restante população socorria-se, inicialmente, de uma fonte de chafurdo situada junto à escola primária.

Posteriormente, já no final da década de sessenta, do século passado, a água dessa fonte foi canalizada para a zona das Carvalhas, tornando-se mais acessível à população. Foi baptizada com o nome de "Fonte dos Namorados"

Hoje a população dispõe de água canalizada e, só em situações anómalas, recorre a estas ancestrais nascentes.

Também recentemente foram "baptizadas" as ruas e largos da localidade. Os nomes escolhidos respeitaram ancestrais designações populares de diversos locais e que assim ficam perpetuados nos nomes das ruas. Agradecendo eventuais acrescentos ou rectificações, aqui se deixa a sua enumeração, sob pena de alguma omissão involuntária:

Av. da Capela, Largo de Santa Eufémia, R.Direita, R. do Depósito da Água, R. do Largo da Fonte, R. da Senhora de Lurdes, R. da Regada, Largo do Muro, R. do Caminho Novo, Travessa da Rua Nova, R. da Tapada, Travessa da Tapada, R. da Laje Grande, R. da Lagoa, Bairro da Tapada da Fonte, R. das Carvalhas, R. da Fonte do Pícaro, Travessa das Lameirinhas, R. da Calçada, Rua do Moinho e Rua da Ponte Nova.

 

 

Santa Eufêmea 

Moínho tradicional

This free website was made using Yola.

No HTML skills required. Build your website in minutes.

Go to www.yola.com and sign up today!

Make a free website with Yola